Glutamina – a melhor amiga do intestino

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Glutamina – a melhor amiga do intestino

Os suplementos alimentares não devem ser utilizados como substitutos de uma alimentação variada. É importante manter uma dieta diversificada, equilibrada e um estilo de vida saudável. Os nossos artigos e dicas não devem ser utilizados para diagnosticar ou tratar doenças. São apenas conselhos e sugestões de autocuidado que não substituem os cuidados médicos convencionais.

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O que é a glutamina?

A glutamina é um dos 20 aminoácidos presentes normalmente nas proteínas dos alimentos. A glutamina regula o equilíbrio ácido/base no corpo e é necessária para a renovação da glicose.[1] Além disso, a glutamina reduz o risco de isquemia (falta de oxigénio nos tecidos devido a insuficiência de irrigação sanguínea), provavelmente devido à sua capacidade de formar glutationa.[2][3][4] Também demonstrou ser protetora dos vasos sanguíneos.[5] A glutamina diminui os picos elevados de glicose associados ao consumo de hidratos de carbono.[6] É ainda o principal substrato energético para as células do sistema imunitário (leucócitos).[7] Estudos em animais e in vitro mostram que a glutamina é um aminoácido importante para a síntese de proteínas musculares.[8][9] Estudos celulares também demonstram que a glutamina reduz a oxidação da leucina, aumentando assim o efeito da leucina nas células musculares.[10]

A glutamina é boa para o sistema imunitário?

A glutamina é o principal substrato energético para as células do sistema imunitário (leucócitos).

A glutamina é perigosa?

A glutamina é um dos aminoácidos que compõem as proteínas. Está presente de forma natural em alimentos ricos em proteínas e não é perigosa.

Glutamina, intestinos e glutationa

Os suplementos de glutamina são eficazes para a saúde da mucosa intestinal, pois esta prefere a glutamina à glicose como fonte de energia. A glutamina é o aminoácido mais abundante nos tecidos do corpo (especialmente nos músculos) e no sangue. Serve ainda como precursor de uma das mais importantes antioxidantes do corpo: a glutationa.

Glutamina e treino

Os níveis de glutamina no sangue diminuem durante treinos aeróbicos longos, como corridas de longa distância, ciclismo ou outras atividades físicas de baixa intensidade de longa duração. Contudo, estudos mostram que suplementos de glutamina podem ajudar a reduzir os danos nas células imunológicas associados a treinos cardiovasculares prolongados.[11] Se for saudável, a glutamina provavelmente não será o suplemento que mais aumentará a sua massa muscular durante o treino de força, mas há um pequeno estudo que indica que a glutamina pode prevenir a degradação muscular.[12]

Glutamina e permeabilidade intestinal

Os suplementos de glutamina ajudam a prevenir a permeabilidade intestinal (leaky gut) regulando as proteínas das chamadas tight junctions (junções estreitas, também conhecidas como zonula occludens).[13] Quando estas células ficam sem glutamina, a permeabilidade intestinal aumenta rapidamente.[14][15] A permeabilidade intestinal permite que moléculas de alimentos mal digeridos passem do intestino para a corrente sanguínea, causando vários problemas.

Glutamina, distúrbios gastrointestinais, colagénio e pele

O Dr. Nicholas Perricone, dos EUA, afirma: “Em resumo, a glutamina pode ser utilizada sempre que houver problemas gastrointestinais, desde o consumo excessivo de álcool a úlceras gástricas, diarreia viral ou até mesmo problemas mais graves, como doenças inflamatórias intestinais.”[16]

A glutamina, juntamente com o aminoácido arginina, vitamina A (presente em todas as nossas multivitaminas), vitamina B, vitamina C, vitamina D, zinco e ferro, é essencial para a produção de colagénio, necessário para uma pele saudável. Além disso, a curcumina, presente na curcuma, também contribui para a formação de colagénio.[17]

Glutamina, stress e doença

Em determinadas circunstâncias, como dietas restritivas, má alimentação, doenças ou treinos intensos, o corpo é submetido a maior stress. Análises ao sangue mostram que os aminoácidos são degradados para que os órgãos centrais e vitais possam utilizá-los, mantendo a saúde geral do corpo. A primeira reação do organismo é "cannibalizar" nutrientes da musculatura, priorizando os órgãos centrais em detrimento da massa muscular. O primeiro aminoácido a ser degradado é a glutamina, seguido por aminoácidos de cadeia ramificada. Assim, pode ser prudente fornecer ao corpo esses nutrientes para maximizar os efeitos do treino. A glutamina também é uma excelente base para a glutationa, um dos antioxidantes mais poderosos do corpo, protegendo-o contra os radicais livres.

GI Response da Innate Response contém 5 mg de glutamina da mais alta qualidade por dose, além de outros ingredientes que suportam a saúde intestinal.

Fontes e referências científicas

[1] J Nutr. 2008 Oct;138(10):2045S-2049S. Gleeson M.

[2] JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2003 Mar-Apr;27(2):116-22.

[3] Life Sci. 2007 Apr 24;80(20):1846-50. Epub 2007 Feb 22. Fujita T, Yanaga K.

[4] Acta Physiol Scand. 2001 May;172(1):1-10. Leichtweis S, Ji LL.

[5] Nutrition. 2002 Feb;18(2):123-6. Khogali SE, Pringle SD, Weryk BV, Rennie MJ.

[6] Nutrition. 2011 Sep;27(9):938-42. doi: 10.1016/j.nut.2010.08.025. Epub 2010 Dec 3. Awad S, Fearon KC, Macdonald IA, Lobo DN.

[7] Biochem J. 1983 Jun 15;212(3):835-42. Ardawi MS, Newsholme EA.

[8] FEBS Lett. 1988 Sep 12;237(1-2):133-6. MacLennan PA, Smith K, Weryk B, Watt PW, Rennie MJ.

[9] FEBS Lett. 1987 May 4;215(1):187-91. MacLennan PA, Brown RA, Rennie MJ.

[10] American Journal of Physiology - Endocrinology and Metabolism Published 1 October 1996 Vol. 271 no. E748-E754. R. G. Hankard, M. W. Haymond, D. Darmaun.

[11] Eur J Appl Physiol. 2008 Jun;103(3):289-94. doi: 10.1007/s00421-008-0702-1. Epub 2008 Mar 5. Cury-Boaventura MF, Levada-Pires AC, Folador A, Gorjão R, Alba-Loureiro TC, Hirabara SM, Peres FP, Silva PR, Curi R, Pithon-Curi TC.

[12] Am J Physiol Endocrinol Metab. 2000 May;278(5):E817-24. Claeyssens S, Bouteloup-Demange C, Gachon P, Hecketsweiler B, Lerebours E, Lavoinne A, Déchelotte P.

[13] Am J Physiol Gastrointest Liver Physiol. 2004 Sep;287(3):G726-33. Epub 2004 May 6. Li N, Lewis P, Samuelson D, Liboni K, Neu J.

[14] Pediatr Res. 2002 Sep;52(3):430-6. Potsic B, Holliday N, Lewis P, Samuelson D, DeMarco V, Neu J.

[15] J. Nutr. July 1, 2003 vol. 133 no. 7 2176-2179. Monolayers Vincent G. DeMarco, Nan Li, Justin Thomas, Christopher M. West, and Josef Neu.

[16] Internet http://www.dailyperricone.com/2009/01/targeted-foods-and-supplements-for-healthy-slimming/

[17] Int J Mol Sci. 2019 Mar 5;20(5). Barchitta M, Maugeri A, Favara G, Magnano San Lio R, Evola G, Agodi A, Basile G.

Autor e Revisor